CR7 mostra quem manda no Real Madrid, faz 2 e garante título
Real Madrid campeã.
Em um Real Madrid que já tinha Casillas, Bale, Benzema e agora conta com Kroos, James Rodríguez, o astro-maior segue sendo Cristiano Ronaldo, que nesta terça-feira brilhou na vitória sobre o Sevilla por 2 a 0, marcando dois gols e garantindo para o clube seu segundo título da Supercopa da Europa.
O confronto, disputado no estádio Cardiff City, no País de Gales, envolveu o campeão da Liga dos Campeões, o Real, e o da Liga Europa, Sevilla. Tradicionamente a competição marca a abertura da temporada de futebol no Velho Continente, apesar de diversos torneios já estarem em suas fases preliminares.
Curiosamente, CR7 havia encerrado a temporada passada de maneira apagada devido a problemas físicos. Mesmo na final da ‘Champions’, em que anotou um gol de pênalti na vitória sobre o Atlético de Madrid por 4 a 1, o português foi discreto. Hoje, balançou as redes aos 30 minutos do primeiro tempo e aos 4 da etapa complementar, além de ter protagonizado belas jogadas.
Com o desempenho, Cristiano Ronaldo se igualou ao italiano Filippo Inzaghi como segundo maior artilheiro de todas as competições europeias de clubes, com 70 gols, sete atrás de outro ídolo do Real Madrid, Raúl.
Esta foi apenas a segunda vez que o time madrilenho conquistou a Supercopa da Europa. O primeiro título aconteceu 12 anos atrás, com vitória sobre o Feyenoord. O Sevilla também tentava a segunda taça, já que foi campeão em 2006, ao bater justamente um compatriota, o Barcelona.
Nas escalações, o que mais chamou a atenção foi a escalação superofensiva montada pelo italiano Carlo Ancelotti no Real Madrid. O time entrou em campo com três meias e três atacantes. Toni Kroos e Luka Modric formaram a linha mais recuada no meio, enquanto James Rodríguez foi o armador.
No Sevilla, a grande novidade foi a presença do meia-atacante Aleix Vidal Parreu no lugar de José Antonio Reyes. Já na lateral esquerda, Alberto Moreno, que disputou a Copa do Mundo, não foi sequer relacionado, o que aumentou os indícios de acerto do jogador com o Liverpool. Fernando Navarro atuou na posição.
Nos primeiros minutos, o time madrilenho apresentou postura esperada, mantendo a posse de bola e marcando no campo do adversário. A dificuldade em criar boas jogadas ofensivas se dava, no entanto, pela formação bastante defensiva utilizada pelo Sevilla.
A primeira ação da partida aconteceu aos 11 minutos e foi justamente do “anfitrião”, o galês Gareth Bale, que recebeu bola na intermediária e disparou de longe. O chute acabou resvalando no volante Carriço e a bola saiu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Cristiano Ronaldo foi quem ficou perto de marcar, em cobrança de falta que passou perto do gol.
A pressão madrilenha seguiu e, aos poucos, o time ganhou espaço, como aos 17 minutos. Em contra-ataque, Rodríguez fez lançamento primoroso, encontrando Bale na área. O galês se esticou todo e tocou de primeira, mas a bola parou em Denis Suárez. A resposta do Sevilla veio dois minutos depois, quando Vitolo, em jogada individual, invadiu a área e bateu para defesa de Casillas.
Cristiano Ronaldo apareceu bem aos 26 e, por muito pouco não abriu o placar. O português recebeu de Benzema, se livrou da marcação de Fazio e bateu forte, parando na ótima defesa de Beto, destaque do jogo até então.
Oportunista, o melhor jogador do mundo em 2013 conseguiu marcar aos 30. Após cruzamento certeiro de Bale da esquerda, Cristiano Ronaldo apareceu no segundo pau e escorou para o fundo das redes, abriu o placar da Supercopa da Europa.
O Sevilla, nitidamente inferior, continuou lutando e quase empatou aos 34, após vacilo do James Rodríguez. Na linha de fundo, o colombiano deu um chutão e a bola sobrou na pequena área para Bacca, que ajeitou na medida para Carriço soltar uma bomba à queima-roupa. Casillas salvou o Real, em grane defesa.
Na etapa complementar, o Cristiano Ronaldo voltou com tudo e, logo aos 4 minutos, ampliou o marcador. Depois de enfiada de Benzema, o camisa 7 arrancou e soltou uma bomba de perna esquerda. Beto ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar que ela morresse no fundo das redes.
O segundo gol praticamente matou o jogo, já que o Sevilla mostrava pouco – ou quase nenhum – poder de reação. Enquanto isso, o Real mantinha a posse de bola, tentando trabalhar jogadas. Aos 22, Bale fez inversão para Rodríguez, que acertou belo chute. Melhor do time andaluz, Beto fez ótima defesa.
No decorrer da partida, o técnico Carlo Ancelotti começou a poupar atletas. James Rodríguez deu lugar a Isco, e Coentrão saiu para a entrada de Marcelo. O grande susto na equipe aconteceu aos 37, quando Cristiano Ronaldo se chocou com o volante Krychowiak e ficou sentido dores na perna.
Nos minutos finais, quem apareceu com destaque foi o goleiro Casillas, que fez bela defesa em chute de Krychowiak e mandou um “recado” a quem duvida que ele possa ganhar a concorrência com o recém-contratado Keylor Navas pelo posto de titular.
Ficha técnica:
Real Madrid: Casillas; Carvajal, Pepe, Sergio Ramos e Fábio Coentrão (Marcelo); Kroos, Modric (Illarramendi) e James Rodríguez (Isco); Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema. Técnico: Carlo Ancelotti.
Sevilla: Beto; Coke (Figueiras), Nico Pareja, Fazio e Navarro; Krychowiak, Carriço, Parreu (Aspas), Denis Suárez (Reyes) e Vitolo; Bacca. Técnico: Unai Emery.
Árbitro: Mark Clattenburg (ING), auxiliado pelos compatriotas Simon Beck e Stuart Burt.
Gols: Cristiano Ronaldo (2) (Real Madrid).
Cartões amarelos: Carvajal e Kroos (Real Madrid); Vitolo e Navarro (Sevilla).
Estádio: Cardiff City, em Cardiff (País de Gales).
Histórico da Supercopa da Europa.
Ano Campeão Vice-campeão.
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1974 Ajax (HOL) Milan (ITA).
1975 Dínamo de Kiev (URS) Bayern de Munique (ALE).
1976 Anderlecht (BEL) Bayern de Munique (ALE).
1977 Livepool (ING) Hamburgo (ALE).
1978 Anderlecht (BEL) Liverpool (ING).
1979 Nottingham Forest (ING) Barcelona (ESP).
1980 Valencia (ESP) Nottingham Forest (ING).
1981 Não foi disputado.
1982 Aston Villa (ING) Barcelona (ESP).
1983 Aberdeen (ESC) Barcelona (ESP).
1984 Juventus (ITA) Liverpool (ING).
1985 Não foi disputado.
1986 Steaua Bucareste (ROM) Dínamo de Kiev (URS).
1987 Porto (POR) Ajax (HOL).
1988 Malines (BEL) Ajax (HOL).
1989 Milan (ITA) Barcelona (ESP).
1990 Milan (ITA) Sampdoria (ITA).
1991 Manchester United (ING) Estrela Vermelha (IUG).
1992 Barcelona (ESP) Werder Bremen (ALE).
1993 Parma (ITA) Milan (ITA).
1994 Milan (ITA) Arsenal (ING).
1995 Ajax (HOL) Zaragoza (ESP).
1996 Juventus (ITA) Paris Saint-Germain (FRA).
1997 Barcelona (ESP) Borussia Dortmund (ALE).
1998 Chelsea (ING) Real Madrid (ESP).
1999 Lazio (ITA) Manchester United (ING).
2000 Galatasaray (TUR) Real Madrid (ESP).
2001 Liverpool (ING) Bayern de Munique (ALE).
2002 Real Madrid (ESP) Feyenoord (HOL).
2003 Milan (ITA) Porto (POR).
2004 Valencia (ESP) Porto (POR).
2005 Liverpool (ING) CSKA Moscou (RUS).
2006 Sevilla (ESP) Barcelona (ESP).
2007 Milan (ITA) Sevilla (ESP).
2008 Zenit São Petersburgo (RUS) Manchester United (ING).
2009 Barcelona (ESP) Shakhtar Donetsk (UCR).
2010 Atlético de Madrid (ESP) Inter de Milão (ITA).
2011 Barcelona (ESP) Porto (POR).
2012 Atlético de Madrid (ESP) Chelsea (ING).
2013 Bayern de Munique (ALE) Chelsea (ING).
2014 Real Madrid (ESP) Sevilla (ESP).
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